
Diferença entre a Holanda e os Países Baixos
A Holanda ou os países baixos foram habitados pelos seres humanos há muitos anos. As escavações arqueológicas ficaram marcadas como objeto que definem a passagem do Homem de Neandertal na região. Após o período da pré-história, o desenvolvimento do território ficou marcado pelo conflito entre os batavos, vikings, germânicos e cônegos até que, por fim, os romanos chegaram desde o ano 0.
Os romanos dominaram o sul da Europa, nessa época, muitas cidades já existiam e, entre 500 e 1500 D.C., a região passou a ser chamada de Nederlanden, sendo o seu nome anterior Germânia Inferior.
Já nos séculos 14 e 15, a família de Borgonha chamava o local de “Pays Bas”, que em sua tradução para o português fica “Países Baixos” (a título de curiosidade, o significado de “baixos” é por que um boa parte do território nacional fica abaixo do nível do mar) e nele continha diversos países pequenos, ou melhor dizendo, províncias. E, seguindo a história do local, uma província, em específico, teve um papel muito importante na economia e administração dos séculos 16 e 17, sendo ela a província Holland ou Holanda.

Você deve estar se perguntando se, a Holanda é uma província? e a resposta para sua pergunta é sim e, foi a partir dela que no ano de 1568 foi instaurada a maior rebelião do país liderada por Willem Van Oranje, o Vader Des Vaderland (o pai da pátria) . A rebelião foi intitulada como sendo uma guerra dos 80 anos e o intuito dela foi libertar o país dos espanhóis, já que o Rei Filipe II não tolerava a ideia de que o povo escolhesse outra religião sem que fosse o catolicismo e tudo acabava em sangue.

Por causa disso, Willem Van Oranje tornou-se um protestante e queria que todos pudessem ter suas opiniões próprias quanto a religião. Sendo a ideia dele contrária com a do rei que ordenou que todos que participassem de rebeliões pagassem por isso. Nesse momento, Willem solicitou que outras províncias se unissem para que forças fossem somadas com o intuito de acabar com a ditadura religiosa espanhola. Por isso, precisou que as províncias se transformassem em a República das 7 províncias dos Países Baixos. Sendo elas, Friesland (Frísia), Groningen, Holland (Holanda), Overijssel (Overissel), Utrecht e Zeeland (Zelândia). Assim, no ano de 1568 começou a luta pela independência.
Porém, no ano de 1584, Willem Van Oranje foi assassinado dentro de sua casa em Delft. Consequentemente, a república perdeu seu grande líder, mas não deixou de lutar pelos seus ideais. A luta continuou firme contra o rei e a república ficou ainda mais forte, conseguiram criar empresas e se libertaram do domínio espanhol. Com isso, começaram a navegar pelo mundo e acabou sendo o centro das atenções por dominar continentes que estava sob cuidados dos portugueses, por exemplo, o nordeste do Brasil e a Indonésia. A economia da República das sete províncias cresceu muito até o fim do século 18 quando os patriotas, em 1795, começaram a apoiar o Napoleão Bonaparte durante a Revolução Francesa.
Dessa forma, a República foi dominada e passou a ser governada por Bonaparte. Entretanto, diante da coragem e força de Willem I, a guerra entre os seus soldados (britânicos, prussianos e outros) e Napoleão, a república vence as tropas e acaba com a dominação francesa no país. Como consequência desse resultado, Willem I foi selecionado para governar o país, subindo no trono no ano de 1815 como o primeiro monarca de sua família. Com o poder em mãos, ele nomeou o país de Reino dos Países Baixos ou então, PaísesBaixos.
Além de renomear o seu país, ele agregou e segmentou algumas províncias, assim, o que antes eram sete provinciais, passou a ser onze, sendo elas Friesland, Limburg, Brabant, Drenthe, Groningen, Zeeland, Holland do Norte, Overijssel, Holland do Sul, Gelderland, Utrecht, além dos países Luxemburgo e Bélgica.

Fontes:
- Feddes, F (2012). 1000 jaar Amsterdam, Nederland: Thoth, Uitgeverij .
- historiek.net/vaderlandse-geschiedenis-nederland-tijdlijn;
- canonvannederland.nl;
- Rijksmuseum.nl
Fotos:
- Rijksmuseum.nl
- Willians Mischur
- Wikipedia.org
Parabéns pelo conteúdo! Muito interessante o artigo.